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Mensagem de Sua Excelência Embaixador Florêncio de Almeida à Comunidade Angolana na Itália por ocasião do 41º aniversário da Independência Nacional

foto_32820 Caros Concidadãos, Na impossibilidade de fazê-lo pessoalmente, dirijo-me a vós, nesta data, para assinalar o 41º aniversário da proclamação da Independência Nacional, que representa o culminar do maior sonho de todos os angolanos, de ser livre e dono do seu próprio destino.

Caros Concidadãos,

 

Na impossibilidade de fazê-lo pessoalmente, dirijo-me a vós, nesta data, para assinalar o 41º aniversário da proclamação da Independência Nacional,  que representa o culminar do maior sonho de todos os angolanos, de ser livre e dono do seu próprio destino.

 

Quarenta e um anos são passados desde o 11 de Novembro de 1975, data em que o Presidente Agostinho Neto,  proclamou, perante a África e o Mundo, a Independência Nacional, passando  Angola de  colónia portuguesa a Estado soberano, para orgulho de todos os seus filhos.

 

Volvidos todos estes anos, os angolanos continuam empenhados na materialização dos ideais da independência, conquistada graças aos sacrifícios consentidos por milhares de homens e mulheres, que souberam interpretar os anseios mais profundos e legítimos do povo angolano.

 

Com a paz alcançada em 2002, o  País regista hoje a consolidação da reconciliação e coesão nacionais, a estabilidade política e tem-se afirmado, cada vez mais, como um Estado democrático e de direito, funcionando de acordo com a Constituição e com as demais leis.

 

Não obstante os inúmeros ganhos obtidos pelos angolanos, nestes 41 anos, com realce  para o fim do conflito armado, muito ainda tem de ser feito, para o desenvolvimento multifacetado do País.

 

No seu discurso sobre o estado da Nação, o Presidente da República, engº José Eduardo dos Santos,  enalteceu que “todas as conquistas se devem em primeiro lugar ao clima de paz que se instalou de forma definitiva no nosso país desde 2002 e que é obra de todos os angolanos. Foi a paz que devolveu ao nosso povo a esperança num futuro melhor, num quadro de liberdade, justiça e inclusão social”.

 

Caros concidadãos,

 

A economia angolana cresceu a uma taxa média anual considerável até 2014. Em 2015, essa evolução foi fortemente limitada pela queda brusca do preço do petróleo no mercado internacional, que em 2016 se situou abaixo dos 30 dólares por barril e provocou uma significativa redução das receitas fiscais do Estado.

 

É dado adquirido que Angola ainda sofre as consequências da crise económica e financeira de 2008 e em face do seu agravamento, o Executivo relançou o processo de  diversificação da economia,  e continua focado no combate à fome e à pobreza e no aumento da qualidade de vida dos angolanos.

 

Ainda neste capítulo, outras das grandes prioridades do Executivo é a continua aposta na Educação e na Saúde, como elementos essenciais do desenvolvimento humano e como factores capazes de contribuir para o aumento da riqueza e do bem-estar social.

 

Contudo, para a saída da crise, o Executivo definiu, em 2015, uma estratégia baseada na substituição do petróleo como fonte principal de receita; na promoção de exportações a curto prazo; na programação do pagamento da dívida pública e no novo ciclo económico de estabilidade não dependente do petróleo.

 

Por outro lado, fruto da estabilidade política vigente no País, os angolanos de Cabinda ao Cunene irão mais uma vez a votos, no próximo ano,  para escolher os dirigentes que entendem que devem governar o País.

 

Atento às vossas inquietações relativas ao direito de voto no exterior,  o Executivo continua a trabalhar afincadamente para que, no futuro, os angolanos da diáspora exerçam o seu direito constitucional, tão logo estejam criadas todas as condições técnicas e logísticas.

 

Caros Compatriotas,

 

Ao iniciar as minhas funções em 2011, assumi o firme compromisso e da minha equipa de tudo fazer para que os problemas que mais vos afligem fossem resolvidos ou minorados paulatinamente, sempre na base do diálogo inclusivo e de uma parceria construtiva.

 

Graças as vossas qualidades de uma comunidade disciplinada, trabalhadora, dinâmica e bem organizada, felizmente o nosso trabalho de proximidade e resolução dos vários problemas que atravessam, principalmente no que se refere à obtenção de documentos de identificação nacional, tais como bilhetes de identidades e passaportes, tem decorrido sem grandes sobressaltos.

 

Hoje constato que valeu a pena o esforço de todos. E de uma forma geral, podemos considerar positivo o trabalho que temos vindo a desenvolver junto da Comunidade Angolana, mas temos  ainda um longo caminho a percorrer para a plena satisfação das vossas necessidades.

 

A Comunidade Angolana está no topo das nossas prioridades e tudo faremos para caminharmos juntos nesta árdua tarefa, principalmente agora que foi possível criar-se, há quase dois anos, o Fórum das Associações Angolanas na Itália (FAAI), como único interlocutor e parceiro da Embaixada.

 

É nesta conformidade que manifesto o meu apreço a todos aqueles que tornaram possível a concretização do Fórum, que –segundo os seus estatutos-  deverá renovar os seus órgãos directivos no próximo ano.

 

Reitero, assim, o meu apelo à união de todos compatriotas na Itália, independentemente das suas diferenças, e a dar o seu contributo, quer emprestando os conhecimentos adquiridos ao desenvolvimento multifacetado do nosso País, quer através de iniciativas locais de atracção de investimentos ou através da constituição de parcerias com empresas italianas, no quadro da nossa diplomacia económica.

 

A Itália é uma potência industrial incontestável, cujas capacidades técnicas podem ajudar-nos a responder a esses  desafios que temos pela frente, principalmente porque o nível de investimento italiano no nosso País está ainda aquém das suas potencialidades.

 

Viva o 11 de Novembro!

Viva Angola!