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Coligação internacional para a Governança Territorial dos Sistemas Alimentares

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Roma, 30 Janeiro 20223 – A Presidente dos Representantes da CPLP na FAO, Maria de Fátima Jardim, e o Director da Cooperação desta Organização, Manuel Clarote Lapão, apresentaram, hoje, em Roma, a Coligação Internacional para a Governança Territorial dos Sistemas Alimentares.

A Embaixadora Fátima Jardim disse durante o acto que a Coligação tem como base as recomendações da IIIª Reunião Ordinária do CONSAN-CPLP, realizada em julho de 2021, em Luanda, “estabelecendo este órgão para a promoção da governança territorial, priorizando sistemas alimentares sustentáveis e dietas saudáveis”.

“O principal objectivo desta Coligação Internacional é reforçar a estrutura da governança multinível para os sistemas alimentares sustentáveis, dar prioridade à governança dos sistemas alimentares territoriais na agenda política e trocar conhecimentos sobre a governança dos sistemas alimentares”, disse.

O Director da Cooperação da CPLP, Manuel Lapão, fez na altura uma explicação dos aspectos dedicados à esta iniciativa que será subdividida em três partes, nomeadamente, Assembleia Geral, Comité de Orientação e o Secretariado Executivo.

O Presidente do Comité de Segurança Alimentar da FAO, Manuel Ferrero, e os Embaixadores de Cabo Verde, Jorge José de Figueiredo Gonçalves, de Moçambique, Santos Álvaro, e os representantes das Embaixadas do Brasil e Portugal foram unânimes em considerar importante este órgão e manifestaram disponibilidade de engajamento para o crescimento da Coligação. 

O Embaixador de Cabo Verde Jorge José de Figueiredo Gonçalves destacou à importância da coligação como instrumento de apoio a crise alimentar e a seca que se vive no seu país, e o embaixador de Mocambique, Santos Álvaro ressaltou que a seca e o terrorismo que assolam Cabo Delegado impõem a necessidade de ajuda de emergência, e destacou o esforço do Governo que diminuiu consideravelmente a fome e a desnutrição com programas e projectos actuantes e de resultados muito positivos.

As representações junto da FAO da Argentina, Canadá, Cote d’Ivoire, Índia, Uruguai, Qatar, França, Espanha, Roménia e Quénia, e Itália, Grécia, e do senegal como observadores manifestaram disponibilidade de colaborar para o crescimento da Coligação.

O acto, presenciado pela decana do corpo diplomático africano, a embaixadora da Guine Equatorial, Cecilia Obono Ndong, teve tambem a participação do assessor económico e do consultor da Vice-Presente da Angola, nomeadamente António Pinto e Quissaque Vicente Data e da segunda secretária da representação de Angola junto da CPLP, Esperança da Cunha.

Durante a cerimónia de apresentação e apoio do órgão, a Embaixadora Fátima Jardim, também Representante de Angola junto das Agências das Nações Unidas em Roma, referiu ainda que a “Coligação está aberta a todos os Estados membros da ONU, organizações internacionais interessadas e relevantes, instituições académicas, sector privado e organizações da sociedade civil.  

A diplomata angolana felicitou e enalteceu o excelente trabalho desenvolvido até ao momento pelo Secretariado da CPLP e a equipa técnica na preparação dos importantes documentos  com base na Acção do Plano 2023-2025, dos objetivos desta iniciativa.

Segundo Fátima Jardim, “A Pré-Cimeira de Roma e a Cimeira das Nações Unidas para Sistemas Alimentares, realizada em Nova York no ano passado, colocaram-nos desafios para reafirmar os nossos compromissos com os princípios de transformação dos sistemas alimentares.

Na sua explanação Fátima Jardim ressaltou que “Estes compromissos também expressaram novas aspirações de resiliência e melhoria da segurança alimentar e nutricional dos nossos Povos, bem como para reduzir o impacto das crises, alcançar os ODS de 2030, reduzir a fome, a pobreza e melhorar os direitos fundamentais”.

Para a diplomata angolana, as coligações mobilizaram novos financiamentos e parcerias para uma participação diversificada e “Cada vez mais se pretende que todos implementemos mecanismos, planos e acções para a estabilidade das nossas economias e a resiliência dos sistemas alimentares tão afectados pelas crises financeira, energética, das alterações climáticas que dificultam o bem-estar e o progresso”.

A Representante de Angola nas Agências das Nações Unidas, disse ainda “que esta iniciativa aumenta o conhecimento sobre o papel actual e o potencial da agricultura familiar e dos pequenos negócios agroalimentares, visando a segurança alimentar sustentável, contribuindo também para o seu acesso, estabilidade e disponibilidade”.

Angola, enquanto membro e Presidente “pro tempore” da CPLP, apoia a iniciativa, pois reconhece a diversidade dos territórios, bem como o seu capital natural e social específico e “tudo fará para se envolver plenamente na implementação dinâmica da Coligação Internacional para a Promoção de Sistemas Alimentares Territoriais Sustentáveis”, sublinhou a Embaixadora Fátima Jardim.

Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Embaixada de Angola na Itália, Roma, 30 de janeiro de 2023.