IT
Home > news & eventos > News > Notizie Generali > Agências de notação de riscos internacionais reconhecem avanços na economia angolana

Agências de notação de riscos internacionais reconhecem avanços na economia angolana

foto_32534 Fitch, Moody's e Standard Poor's reconheceram que a economia angolana continua robusta e vai no caminho certo

Luanda - As agências de notação de risco (rating) internacionais fitch Ratings (fitch), Moody's Investors Services (Moody's) e Standard Poor's Rating Services (Standard Poor's), reconheceram unanimemente que a economia angolana continua robusta e vai no caminho certo, num cenário internacional ainda conturbado pela interminável crise de dívidas soberanas em países mais desenvolvidos, indica um comunicado do ministério angolano das Finanças

O documento chegado sexta-feira (15/07) à Angop ressalta que a esta conclusão pode-se acrescentar a recente avaliação do Fundo Monetário Internacional, conforme nota de imprensa publicada no seu site no 27 de Junho do corrente ano, que enaltece o desempenho da economia angolana e assinala o cumprimento de todas as metas de desempenho do Stand-by Agreement pelo Executivo angolano.

Por essa razão, sublinha a nota, as três agências de rating resolveram elevar a anterior notação de “B+” com perspectiva positiva para “BB” com perspectiva estável, nas tabelas da Fitch e da Standard & Poor's, e de “B1” com perspectiva positiva para “Ba3” com perspectiva estável na tabela da Moody's (classificação que equivale à classificação “BB-” das outras duas agências).

Esclarece que a elevação da notação ao nível “BB-” pelas três agências mostra que a economia angolana está menos exposta à especulação financeira, habilitando-se, num futuro próximo, ao acréscimo de mais um “B” à sua notação, quando então poderá ingressar no grupo dos países classificados com o grau de investimento.

A agência Fitch de acordo com o ministério das Finanças, deu destaque ao facto de o país ter ultrapassado de forma relativamente rápida o efeito da crise financeira global de 2008-2009, reforçando a sua política macroeconómica ao combinar medidas de ajuste fiscal e monetário com a recuperação dos preços internacionais do petróleo, para regularizar uma parcela substancial de pagamentos acumulados em 2009 e manter a trajectória de recuperação das reservas internacionais.

Assim, a Fitch realçou que a notação de Angola continua suportada por um forte crescimento económico desde 2004, assegurado pelo aumento da produção de petróleo, por elevados investimentos públicos e um percentual moderado de dívida pública, interna e externa.

A agência Moody's identificou três factores que alicerçaram a sua decisão de elevar a notação de Angola. O primeiro foi a melhoria nas contas fiscais e cambiais, propiciada pela recuperação dos preços do petróleo, convertendo-se um défice fiscal de 10% do PIB, em 2009, para superavit em 2010. O segundo factor foi o progresso na implementação das reformas preconizadas por Angola no Acordo Stand-by com o FMI, que incluem maior transparência fiscal e a constituição de um fundo para melhorar a gestão das receitas petrolíferas excedentárias. E o terceiro factor foi a regularização dos pagamentos em atraso perante fornecedores, acumulados durante a crise de 2009, sublinha a nota.

Acrescenta que a agência Standard & Poor's, na mesma linha de pensamento, realçou a robusta melhoria dos resultados das contas fiscais e externas, prevendo que preços relativamente altos do petróleo e do gás, bem como o aumento na sua produção, darão suporte à economia no horizonte de 2011 a 2014, assinalando, para além disso, que Angola está a fortalecer a sua gestão macroeconómica e monetária, regularizando pagamentos acumulados na crise de 2009 e estabelecendo mecanismos de execução orçamental que vão prevenir a sua repetição.

Deste modo, assinala a Standard & Poor's, a notação atribuída ao país reflecte a perspectiva de um forte crescimento económico, com um reduzido nível da dívida pública interna e externa, lembrando que o PIB per capita de Angola ultrapassa o de vários países com a mesma notação (“BB-“).

Finalmente, o FMI divulgou no seu website, em 27 de Junho, o Comunicado de Imprensa n.º 11/256, com a Declaração da Missão chefiada pelo Economista Mauro Megani, que visitou Angola entre 25 de Maio e 8 de Junho, para avaliar a execução do Acordo Stand-by assinado em Novembro de 2009. O Comunicado destaca a “melhoria significativa da conta corrente externa, para um excedente de 9 por cento do PIB, um pronunciado aumento das reservas externas, que no final de 2010 ascenderam ao equivalente a cerca de cinco meses de importações” e “a prudência na condução da política fiscal, que ajudou a transformar o saldo fiscal global num excedente de cerca de 8 por cento do PIB, ao qual se associa uma substancial melhoria do défice primário não petrolífero”.

 

O Comunicado do FMI informa ainda que houve grandes progressos na implementação da agenda de reformas e estabilização do governo, sendo de referir, em especial, os avanços significativos na regularização do stock de atrasados internos incorridos no período 2008-2009.

Salienta que o facto de a notação das agências de rating tomar em consideração não apenas a solidez da economia, mas também o sistema político e o ambiente social, transmite uma clara mensagem no sentido de que o alcance do grau de investimento (BBB), a seguir das eleições gerais de 2012, está ao alcance do nosso país.

Para alcançar este resultado, lê-se no documento, valerá a nossa determinação em mostrar ao mundo que somos capazes de cumprir, no sistema político e no ambiente social, com a mesma eficácia da área económica, as metas que solidariamente assumimos ao consolidar a paz e a reconciliação nacional. O mérito dessa conquista final pertencerá, então, a todos os angolanos que, de uma forma ou outra, nunca deixaram de acreditar no futuro promissor do nosso país.